Académicos do mundo, uni-vos! (Um relatório do Chile)
Publicado 2023-01-30
Palavras-chave
- capitalismo acadêmico,
- trabalho acadêmico,
- precarização do trabalho,
- sindicalismo acadêmico
Como Citar
Copyright (c) 2023 Rocío Knipp, Jorge Valdebenito
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Resumo
A presente abordagem surge a partir dos diagnósticos e denúncias sobre a propensão à superexploração da força acadêmica, sob o chamado capitalismo acadêmico no Chile. Aqui busca-se contribuir para responder por que, apesar do mal-estar enunciado em diversos ambientes universitários, não se tem estendido significativamente a organização da força de trabalho acadêmica no país. Para esse fim, primeiro se descrevem as características gerais da força de trabalho acadêmica, utilizando dados produzidos pelo Serviço de Informação de Educação Superior (SIES). Em seguida, utilizando fontes secundárias, identificam-se diversas organizações acadêmicas dos últimos dez anos, agrupadas em três grupos: i) redes e associações; ii) movimentos de caráter cidadão; e iii) sindicatos. Através de uma análise de conteúdo, distinguem-se as principais discussões dessas organizações, explorando pontos de encontro e divergência. Os resultados demonstram convergências - embora com nuances - em relação ao autorreconhecimento orgânico da luta pela defesa do trabalho científico e acadêmico. Por outro lado, as diferenças residem no ênfase sobre como abordar a defesa da melhoria das condições do trabalho acadêmico. Por fim, propõem-se certas linhas para futuros estudos e problematizações para a intervenção político-orgânica nesses espaços.