v. 32 (2023): Sociedades algorítmicas e sua resistência da América Latina e do Caribe
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A dimensão ideológica e subjetiva do platformização da vida social

Mariano Caputo
Universidad de Buenos Aires
Categorias

Publicado 2024-01-20

Palavras-chave

  • platformização,
  • ideologia,
  • subjetividade,
  • algoritmos,
  • interpelação

Como Citar

Caputo, Mariano. 2024. “A dimensão ideológica E Subjetiva Do platformização Da Vida Social”. Pléyade 32 (janeiro):181-203. https://revistapleyade.cl/index.php/OJS/article/view/411.

Resumo

O artigo participa de uma tendência identificada por Thomas Poell, David Nieborg e José van Dijck, que apontam para um movimento na academia desde uma discussão das plataformas como “coisas” até uma análise do platformização como um processo. Neste contexto, o
artigo constitui uma reflexão teórica que investiga a dimensão ideológica e subjetiva do platformização. Sua tese é que, para avançar na explicação dos processos subjetivos das plataformas, é necessário recorrer à teoria althusseriana da ideologia, em articulação com a pesquisa que propõe os conceitos de “governabilidade algorítmica” e “perfilagem”. O artigo focaliza a relevância teórica de três categorias fundamentais da abordagem althusseriana - o aparelho ideológico do estado, a ideologia e a interpelação - a fim de pensar a platformisação. A partir da análise de plataformas como Change.org, Tinder e BeReal, conclui-se que nos processos de platformização, através de formas ideológicas e modalidades de interpelação que têm sua própria especificidade, são formados novos rituais de reconhecimento ideológico que intervêm na garantia que cada sujeito necessita sobre sua singularidade. Desta forma, a codificação algorítmica e a interpelação ideológica acontecem no mesmo movimento sobre as
plataformas.