v. 32 (2023): Sociedades algorítmicas e sua resistência da América Latina e do Caribe
Artigos

Os Condenados Do Algoritmo. Inteligência artificial e corpos racializados latino-americanos

Rodrigo Robledo Maturana
Universidad de Santiago de Chile

Publicado 2024-01-20

Palavras-chave

  • Inteligência artificial,
  • racialização dos corpos,
  • prática artística como pesquisa,
  • arte generativa,
  • colonialidade de ver

Como Citar

Robledo Maturana, Rodrigo. 2024. “Os Condenados Do Algoritmo. Inteligência Artificial E Corpos Racializados Latino-Americanos”. Pléyade 32 (janeiro):130-59. https://revistapleyade.cl/index.php/OJS/article/view/417.

Resumo

O ano de 2022 foi o da explosão das inteligências artificiais, as quais criam imagens a partir de textos. O seu progresso de maneira exponencial se reflete no aparecimento de novas funcionalidades e opções criativas e no desenvolvimento de diferentes algoritmos os quais aperfeiçoam a qualidade destas imagens. Podemos ver como as redes sociais estão repletas dessas criações, entre artísticas e engraçadas, mas ao mesmo tempo retraidoras, como designers que viram seu trabalho ameaçado pela possibilidade de que não mais se necessite desses profissionais na hora de criar peças gráficas. Nesse caso, a pesquisa visa como essas inteligências artificiais nos veem, como nos representa, latino-americanos, que historicamente vimos sua cultura cair no que Joaquín Barriendos chama de colonialidade do ver, um regime visual que se baseia na inferiorização e separação entre o sujeito observador e o sujeito observado. Além disso, este trabalho de pesquisa é articulado por uma prática artística, relacionada aos mesmos resultados obtidos a partir de diferentes tipos de inteligência artificial e corpos racializados latino- americanos, de modo que este texto também pode ser visto como um registro de um processo criativo.