Colonialidade do poder e o currículo da violência: compreendendo o racismo educacional contemporâneo nas Américas
Publicado 2023-01-30
Palavras-chave
- colonialidade do poder,
- racismo,
- violência,
- currículo,
- professores normais
Como Citar
Copyright (c) 2023 Noah De Lissovoy, Raúl Olmo Fregoso Bailón
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Resumo
Este artigo mostra como o conceito de colonialidade do poder revela a existência de um currículo de violência através do estudo de dois casos contemporâneos nos Estados Unidos e no México. As atuais restrições de conteúdos e atividades sobre cidadania e racismo nas escolas dos Estados Unidos, bem como os ataques contra os órgãos e instituições dos professores normais no México mostram como o racismo é um projeto internacional vinculado a um sistema capitalista que estrategicamente tenta desaparecem (no sentido material e simbólico) educadores, instituições e currículo como parte do projeto de modernidade operado por meio de uma colonialidade funcional. Esses dois casos descritos são exemplos-chave de como determinados projetos educacionais são vistos como obstáculos que impedem o alcance do ethos moderno/capitalista/limpo tão almejado, mas ainda não alcançado. Como concentração oficial de conhecimento, o currículo legitima esse assédio ao garantir o status do neoliberalismo como expressão da racionalidade do racismo no plano da verdade. Portanto, a análise cuidadosa do conceito de colonialidade é fundamental para revelar o racismo como uma formação moderna que justifica a ideia de progresso, porque, como mostra o conceito de colonialidade do poder, o objetivo tem sido fazer desaparecer violentamente tudo o que nos lembram como sociedade que ainda não somos aquela sociedade ocidental ideal.